Maria Luisa Mendonça- A intervenção militar dos Estados
Unidos, em suas diversas formas, é um dos mecanismos do imperialismo, que tem
como objetivos a apropriação de recursos estratégicos, o controle territorial,
a exploração da força de trabalho, a expansão do modelo econômico neoliberal.
Isso se verifica em todos os casos de intervenção militar promovidos pelo
Pentágono, seja na América Latina, onde
os principais focos atualmente são Colômbia, Haiti e Paraguai, ou em outras
regiões, como no Oriente Médio. A estratégia militar do governo estadunidense
inclui implementação de bases militares, treinamentos e presença de tropas em
território estrangeiro, investimentos em tecnologias de monitoramento,
espionagem e projetos de infraestrutura. Esta estratégia está baseada em
diversos pilares, desde a intervenção direta até campanhas de propaganda e
difamação, passando por processos das chamadas "guerras de baixa
intensidade", que promovem a opressão e estimulam a violência contra
populações de baixa renda, urbanas e rurais. A militarização serve também para
garantir o lucro de grandes transnacionais. Além de beneficiar empresas de
armamentos, que tiveram um crescimento de 60% em suas vendas de 2000 a 2004, a
"indústria da guerra" movimenta cerca de 100 bilhões de dólares por ano
em projetos de infraestrutura, assistência técnica, consultoria, treinamento,
planejamento estratégico, análise operacional, logística e serviços de
segurança, vigilância e inteligência. O processo de privatização dos serviços
militares tem se intensificado nas últimas décadas.
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